Meu primeiro roteiro no Colchagua para te inspirar a planejar sua próxima viagem ao Chile.
Lugar onde a brisa do Pacífico se mistura com os ventos andinos para trazer muito frescor e qualidade para as uvas plantadas em clima mediterrâneo. De uma beleza impressionante e que deixa lindas memórias no coração.
Visitei cinco vinícolas nos três dias que estive no Vale do Colchagua, no Chile. Eu fui à trabalho, o que muda um pouco o ritmo da viagem. Mas, ainda assim, consegui aproveitar bastante e ter momentos de lazer.
Trabalhar com a GastroRosé me permite isso!
No primeiro dia conheci a Viña Casa Silva em San Fernando, onde fui recebida pelo diretor de marketing Thomas Wilkins e por Mario Geisse, diretor enológico da vinícola, para um almoço. Depois tive oportunidade de degustar os principais rótulos da Viña Casa Silva, conduzida pelo enólogo chefe Juan Francisco Calderón, e de conhecer o Presidente, Mario Silva.
Ficar hospedado no hotel da Casa Silva é uma opção excelente para quem gosta do estilo boutique mais bucólico. O hotel está na casa antiga da família e é todo charmoso. Intimista e agradável. Além disso, encontra-se numa localização excelente para ir à outras vinícolas da Rota do Vinho do Colchagua e tem um restaurante delicioso. Eu quero voltar em breve.
No segundo dia fui à San Vicente de Tagua Tagua, em Millahue, para conhecer a VIK Wine e o Pavilion Restaurant. Fui recebida pelo enólogo Cristián Vallejo que me presenteou com a degustação vertical de VIK 2015, 2016 e 2017 e contou sobre os projetos de Barroir, Anfoir e leveduras de Millahue e sobre a filosofia da VIK, eleita uma das vinícolas mais bonitas do mundo.
O terceiro dia foi mais intenso e visitei a Viña Montes e a Clos Apalta Winery em Apalta e a Viña Los Maquis em Palmilla. Todas elas estão bem próximas da cidade de Santa Cruz.
Viña Montes e Clos Apalta são referência em vinhos super premium. Com localização privilegiada no Vale de Apalta, produzem vinhos de destaque mundial e de extrema qualidade.
A Viña Los Maquis, por sua vez, é uma vinícola charmosa, sustentável e que está localizada entre dois rios em Palmilla. Uma raridade de natureza exuberante e vinhos que impressionam muito em aromas e sabores.
Nesse texto fiz um breve roteiro contando sobre as cinco vinícolas que visitei, de forma bem resumida para mostrar a programação da viagem. Em breve volto com novos posts contando detalhes de cada uma, seus vinhos e novidades.
O último dia deixei para curtir Santiago e descansar no hotel antes de voltar ao Brasil. Eu já conhecia a cidade, então optei por não fazer novos passeios turísticos desta vez. Mas, não deixe de aproveitar, a cidade é excelente!
DICAS IMPORTANTES DA ANA:
- Escolha no máximo duas vinícolas por dia para aproveitar bem. Em geral, todas tem ambientes lindos e as que contam com restaurante merecem umas horas a mais na programação.
- Nem todas as vinícolas possuem restaurante e nenhuma delas ofereceu acompanhamento de comida durante a degustação. Confesso que senti falta de um queijinho ou pão ao menos para acompanhar os vinhos. Numa próxima, já irei preparada.
- Ficar em um hotel em Santiago permite que você também passeie pela cidade, mas torna a viagem ao Vale do Colchagua mais cansativa. Você consegue ir da capital ao Vale todos os dias. É mais distante, mas vale para quem preferir gastar menos com hotel e aproveitar a noite em Santiago.
- Os hotéis no Vale do Colchagua estão especialmente nas cidades de Santa Cruz, mas muitas das vinícolas possuem hotéis boutique para receptivo dos visitantes e é uma opção que torna a viagem mais especial.
- Contrate um motorista. Tua segurança vale muito e é a melhor opção para aproveitar os vinhos sem se preocupar. Lembre sempre – se beber, não dirija! Além disso, eles conhecem as distâncias e as localizações para te ajudar a organizar melhor o itinerário.
- Eu contratei um motorista indicado pelo Leonardo Vendimia de Mendoza. Fernando Ulloa Navarro foi ótimo na viagem. Pontual, culto, responsável e atencioso. O carro dele é excelente e muito confortável. Contato: +56 9 9746-6452.
- Tome muita água. Santiago e o Vale do Colchagua tem clima bastante seco. Se hidratar é essencial, especialmente ao tomar vinhos. Um creminho para o rosto e mãos também faz bem!
- Atente-se às restrições decorrentes da pandemia. Especialmente na parte área há algumas exigências para ingresso e permanência no Chile, bem como para retorno ao Brasil. E o Chile é bastante rigoroso.
Pretendo voltar logo para conhecer outras vinícolas. O enoturismo no Chile é muito desenvolvido e tudo que conheci foi de excelente qualidade. Essa é a terceira vez que fui ao país, mas a primeira com foco efetivo no vinho.
Os vinhos de todas as vinícolas são excelentes e, é claro, variam conforme a faixa de preço. Desde os vinhos de entrada até os vinhos premium que provei, todos aprovadíssimos. Por isso, me ative em contar mais da experiência.
Fique à vontade para me perguntar mais detalhes. Adoro compartilhar!
Por Ana Carla Wingert de Moraes