Vinhos. Por qual começar?

Muitos me perguntam por qual ou quais vinhos começar.

Raramente depois de uma boa taça você não vai se envolver e querer mais. No entanto, aí começam as dúvidas – não saber por qual ou quais vinhos começar diante da imensa variedade.

No meu caso, depois de me bater com os vinhos tintos, apostei nos brancos frescos e rosés. São ideais para dias quentes e paladares menos evoluídos. Servidos geladinhos, não enroscam na boca e nem amarram a língua.

Gosto de Sauvignon Blanc e Torrontés. Vinhos verdes também são ótimos!

Depois descobri os brancos mais frutados e maduros, aí me rendi definitivamente. Eles são muito aromáticos (muito cheiro de fruta), com uma textura mais encorpada (alguns chegam ser cremosinhos), mas ainda assim são leves e frescos. A uva dona do meu coração: Chardonnay.

O tinto, embora seja o mais conhecido, é um pouco mais complexo na hora de começar. Os mais encorpados nem sempre agradam logo de cara. Por isso, o melhor certamente é iniciar pelos mais delicados, frutados e aromáticos, de corpo leve ou médio.

Aposte nas uvas Malbec (peça Malbec, não Malbecão) e na Merlot. Particularmente, acho elas bem fáceis de tomar. Também amo Pinot Noir, contudo, é uma uva um pouco mais difícil de entender. Já me disseram que acham “aguada”, não concordo, mas respeito.

Então, passadas as fases iniciais, você estará pronto para experimentar os mais encorpados e complexos sem assustar e ter que fingir que gostou.

Agora, pode ir de “Malbecão”, de Syrah ou de Tannat. Acredito que vai gostar. Pelo que percebo, eles normalmente são os preferidos dos homens. Não sei se por questões culturais ou biológicas.  

Enfim, essa foi minha experiência pessoal. Meu paladar não é exatamente igual ao teu, mas, creio que pode te ajudar a começar.

Por Ana Carla Wingert de Moraes.

2 comentários em “Vinhos. Por qual começar?

  1. Rafael Responder

    Outra sugestão de castas brancas para iniciantes são Pinot Grigio,Viognier e Gewuztraminer. De tintas Gamay(Beaujolais),Grenache e Barbera(embora a alta acidez possa incomodar alguns).

    A cultura binomial do vinho “masculino” e “feminino” certamente influencia nas preferências masculinas. Mas não passa de convenção, pois a grande sacada do vinho é expandir o conhecimento e apreciar tanto um Tannat de qualidade superior quanto um delicado Sancerre.

    Abraço.

    • Ana Carla Autor do postResponder

      Oi Rafael! Concordo super com as uvas que sugeriu e com a questão sobre a questão cultural na escolha dos vinhos. Eu fiz esse artigo em julho de 2019, quando estava começando meu curso de sommelière e ainda não tinha feito outros cursos sobre vinhos. Agora com teu comentário voltei a ler o texto e foi muito gratificante ver a evolução que tive e o quanto de experiências pude vivenciar desde lá até agora. Obrigada por compartilhar teus conhecimentos por aqui novamente. Seus comentários são enriquecedores. Abraço.

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